Alexitimia é um termo que descreve problemas com emoções. É a incapacidade de descrever e reconhecer emoções. Não é uma condição bem conhecida, mas estima-se que 1 em cada 10 pessoas possa sofrer com isso. Muitas vezes, é visto como um diagnóstico secundário em outras condições e deficiências de saúde mental pré-existentes, como depressão e autismo.
No entanto, isso não significa que todas as pessoas com autismo ou depressão tenham esses problemas expressar e identificar emoções. De fato, existem estudos que mostram que afeta apenas uma pequena porcentagem deles.
O que é alexitimia?
As pessoas que têm alexitimia podem ser descritas como tendo dificuldades em expressar emoções que são considerados socialmente apropriados, como a felicidade em uma situação de júbilo. Outras pessoas com essa condição também podem ter problemas para identificar suas próprias emoções. Essas pessoas não necessariamente têm apatia. Porém, eles podem não sentir emoções tão fortes quanto seus pares e eles podem ter dificuldade em sentir empatia.
Causas da alexitimia
Esta condição não é bem conhecida, nem é bem compreendida, então é possível que sua causa seja genética. A alexitimia também pode ser o resultado de danos cerebrais na ínsula. Essa parte do cérebro é conhecida por seu papel nas habilidades sociais, empatia e as emoções. Alguns estudos relacionam lesões da ínsula com apatia e ansiedade.
Por esse motivo, veremos a alexitimia em relação a outras patologias:
- Autismo. Os sintomas do espectro do autismo são muito variados, mas ainda existem alguns estereótipos associados a essa condição. Um grande estereótipo é a falta de empatia, algo que foi amplamente desmascarado. Ao mesmo tempo, algumas pesquisas indicam que até metade das pessoas com autismo também experimentam alexítima. O que é a mesma coisa, é a alexitimia que causa a falta de empatia, não o autismo em si.
- Depressão. É possível experimentar esta condição com depressão. Tem sido observada em transtornos depressivos maiores e pós-parto, bem como na esquizofrenia. Quase metade das pessoas com transtornos depressivos também tem alexitimia.
- Trauma. Pessoas que sofreram algum tipo de trauma, principalmente na primeira infância, podem desenvolver essa condição. Trauma e negligência nesta fase podem causar alterações no cérebro que podem dificultar a sensação e a identificação de emoções quando adultos.
- Outras condições associadas. A pesquisa também indica que essa condição pode estar presente em certas doenças e lesões neurológicas, como as listadas abaixo:
- Doença de Alzheimer
- Disfonia
- Epilepsia
- Doença de Huntington
- Esclerose múltipla
- Doença de Parkinson
- Derrame cerebral
- Traumatismo crâniano
Sintomas de alexitimia
Como uma condição marcada pela falta de sentimentos, pode ser difícil reconhecer os sintomas da alexitimia. Como essa condição está associada à incapacidade de expressar sentimentos, uma pessoa afetada pode parecer apática. No entanto, uma pessoa com essa condição pode experimentar pessoalmente o seguinte em contextos sociais:
- Raiva
- Confusão
- Dificuldade em reconhecer expressões faciais
- Triste
- Sensação de vácuo
- Aumento da frequência cardíaca
- falta de carinho
- pânico
Essa condição também pode dificultar a interpretação de mudanças corporais como respostas emocionais. Por exemplo, uma pessoa pode ter problemas para vincular um coração acelerado a uma emoção, mas pode reconhecer que está experimentando uma resposta fisiológica no momento.
Tratamento da alexitimia
Hoje não existe um único tratamento individual para esta condição. A abordagem do tratamento depende das necessidades gerais de saúde do paciente. Por exemplo, se você tem depressão ou ansiedade, tomar certos medicamentos também pode ajudar com sintomas de saúde mental, como alexitimia.
As terapias também podem ser úteis para esta condição. Os mais eficazes para este problema são os seguintes:
- Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
- Terapia de Grupo
- Psicoterapia ou terapia de conversa
O primeiro passo importante em direção ao reconhecimento emocional é começar a estar ciente de suas próprias respostas fisiológicas. Por exemplo, reconhecer alterações na frequência cardíaca em determinadas situações. Isso pode ajudar a pessoa afetada a distinguir entre diferentes emoções. Também é importante notar que as emoções negativas são tão importantes quanto as positivas. Aprender a identificar essas emoções e trabalhar com elas pode ajudar uma pessoa a levar uma vida mais gratificante.